Esta semana entrevistámos mais um forcado da cara, que, infelizmente, passou por uma lesão e consequente recuperação nos últimos tempos, estando agora a voltar à sua antiga forma.
Nome : Leandro Manuel Gonçalves Pereira Bravo
1.ª fardação : 25/05/2014
Épocas em atividade : 6
O que é, para ti, seres forcado do nosso Grupo?
Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não consigo ter uma resposta concreta. É tão difícil quanto tentar definir o que é amar. Ser forcado sente-se, não se define! Eu sinto-o. Aqueles que o são, também o sentem. O mesmo se passa quanto ao pertencer ao Grupo de Forcados Amadores de Alcochete. É um sentimento único, de honra, de orgulho, de responsabilidade. É uma experiência que só quem a vivencia, a poderá perceber.
Quem é que é, ou foi, para ti uma referência?
Durante o meu percurso de forcado, tive a honra e o privilégio de conhecer e de ver grandes forcados, dos antigos aos atuais, e que se tornaram referências para mim, tais como o Sidónio Rosa, o Estêvão Oleiro, o Rui Batista, o José Miguel Vinagre, o Vasco Pinto, o João Machacaz, entre tantos outros que não enuncio, mas que aqui lhes presto a minha homenagem, reconhecimento e gratidão pelo que nos ensinaram. Mas realço dois forcados: o André Pinto Tavares, o melhor ajuda que já vi, forcado em toda a sua natureza, forcado “da cabeça aos pés”; e o nosso saudoso amigo e irmão Fernando Quintella. Quando cheguei ao Grupo, foi nele que vi o exemplo. Foi e é uma inspiração, pela simplicidade, pela grandeza que o caraterizava.
O que foi que te marcou mais no nosso Grupo?
O que me mais me marcou, pela positiva, o momento com mais significado, foi o primeiro toiro que peguei pelo Grupo, em Alcochete, por todo o significado que tem pegar um Toiro na terra que me viu nascer e crescer. O que me marca, todos os dias e que me marcará para a vida, é o que vivi e vivo dentro do Grupo, os ensinamentos, os princípios, os valores, que me foram transmitidos, os seres humanos de exceção que conheci e a sorte que tenho de os ter como amigos, que o são e serão para toda a vida. Pela negativa, marcou-me a perda do nosso irmão Fernando Quintella.
O que te fez escolher o nosso Grupo?
O que me fez escolher o Grupo, foi ser alcochetano. Na época já tinha vários amigos dentro do Grupo. Para além disso, no Grupo, estavam forcados que muito admirava e que, para mim, eram já grandes referências. Para além disso, identificava-me com a postura do Grupo, dentro e fora da praça, e percebi que era aqui que pertencia.