Na entrevista desta semana, é mais um forcado de dinastia do nosso Grupo, que se carateriza pela sua seriedade com que enfrenta os toiros e pela poderio físico como forcado da cara. Ganhou o seu lugar dentro do Grupo, pelo que tem vindo a fazer ao longo das últimas épocas.
Nome : Manuel Castro de Oliveira Rocha Pinto
1.ª Fardação : 20/06/2015 em Alcochete
Épocas em atividade : 5
O que é para ti ser forcado do nosso Grupo?
Essa é uma questão difícil de responder, talvez por transpor o racional e ter um enorme significado emocional. Ser forcado do nosso Grupo significa muito, para mim. Ambiciono-o desde pequenino. Completa-me. Simboliza uma enorme legado “que temos sobre os ombros”, ganhando ainda mais peso com todos aqueles que já contribuíram com a própria vida.
Quem é que é, ou foi, para ti uma referência?
Estaria a mentir se não fizesse referência ao meu pai (António José Pinto). Foi um dos melhores de sempre e um dos que revolucionou a forma de pegar toiros em Portugal, dentro e fora de praça. Nota também para o meu irmão Vasco que, ao contrário do meu pai, tive a oportunidade de ver várias vezes ao vivo, tendo sido o melhor da sua geração. Tento, portanto, absorver qualidades de ambos, mas sempre com o intuito de não ser uma continuação daquilo que eles foram, mas sim eu próprio.
O que foi que te marcou mais no nosso Grupo?
Na minha curta passagem de forcado, já tive alguns momentos marcantes. Marcou-me bastante a morte do Fernando e o facto de ter pegado o primeiro toiro do Grupo após o seu falecimento: foi um misto de sentimentos. Marcou-me, também, ter sido o último forcado a quem o meu irmão Vasco deu um toiro como cabo do nosso Grupo. A juntar-se a isto, já ter pegado na Plaza México, em Alcochete e no Campo Pequeno foram, e são, episódios que, ainda hoje, recordo com bastante felicidade.
Que diferenças encontras entre o desporto que praticas(rugby) e os forcados?
Diferenças: poucas. Semelhanças: muitas. Sempre fui da opinião que estas duas paixões que tenho se completam mutuamente. A preparação física, o lidar com a pressão, espírito de sacrifício, o saber combater as adversidades, os valores, os amigos e o espírito de união são alguns dos vários “inputs” que, tanto o Rugby como os Forcados, me forneceram para a vida.
O teu sonho em relação aos Forcados?
Tenho o sonho de que possamos ser sempre melhores do que aquilo que já fomos e de darmos sempre um bocadinho mais do que aquilo que já demos. Acredito que enquanto houver sonhos, há ambição.