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O Grupo
A História O Forcado Temporadas
O Forcado

Quem o inventou criou-o português.
Murmura uma prece, abraça o toiro, entrega toda a sua essência e, num silêncio humilde, guarda a coragem numa partilha íntima. A pega é o mais emocionante respeito pelo que se teme. É o mais entregue temor pelo que se respeita.

Campo PequenoJoão Estevão da Cruz e João Pedro Bolota

Amadores na alma e no ser, os forcados começaram por organizar-se, tal como hoje, em grupos de homens a quem se pedia que dominassem a força do toiro com os ‘forcados de mosquete’, na arena, junto ao acesso à escadaria real, segundo registos que remontarão há mais de quinhentos anos atrás. Eram alabardeiros ou monteiros já então comandados por um cabo com características militarizadas que aliás não se perderam hoje: continuam a ser ‘capitaneados’ por um ‘cabo’, chamam ‘farda’ ao traje de forcado, dão a direita ao cabo nas cortesias e mantém-se uma hierarquia de antiguidade em relação a elementos antigos já saídos do grupo.

Bruno Pardal na Moita do RibatejoHélder Antoño, Corrida da Rádio na Praça de Toiros de Cascais

De grupos de alabardeiros, defensores dos nobres que assistiam às touradas, passam a rematar a lide dos toiros com as suas pegas por força de um decreto régio de D. Maria II, em 1836, que proibia a morte dos toiros na arena. Chamaram-lhes ‘Moços de Forcado’ por causa dos forcados de mosquete que tradicionalmente utilizavam para defesa da escadaria real.
A História foi conduzindo a senda dos forcados até aos dias de hoje.

Pegar toiros é também uma forma de Portugal se cumprir. Na coragem da tradição, no compromisso com a vida, na entrega à sorte, na honra da pega, no cumprimento de uma memória que se quer futura.